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MINAS
DENTRO E FORA,
GERAIS...
FERNANDO RIOS
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MOACYR LATERZA
E SUA SEMPRE SENTIDA AUSÊNCIA
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I
minas é assim
inteira, intensa
dentro e foraminas é assado
ferro e fogo
em cima e embaixominas se reescreve
e se refaz
em aço e chamaminas se orna
e soa longe
qual ferro em bigornaII
minas são caminhos
que sempre levam alémminas são veredas
que sempre trazem aménsminas são atalhos
que sempre apitam o tremminas são minérios ausentes
sempre na memória de alguémIII
minas é uns tempos
fora e dentrocada um
no seu mais vagarporque os tempos de minas
não têm pressa
nem no passo
nem no olharporque quem está diante
sabe que dia e noite
chegam sempre sem tardarporque em minas é para sempre
hora de aconchegarIV
assim como quem espreita coração
minas deixa escorrer um sangue bom
e veste com ele
sua imensa humanidade
clara ampla infinita
que cabe no prato tropeiro
ou no abençoado pão feito de queijominas é assim
futuro e espera
granito e metamorfoseoco e vazio
preenchidos de lânguidos
perdidos
aflitos olharesminas é um grito um choro um riso
e uma pequena
imensa
palavra
paisagem
chamada
montanhase lá fora
ou aqui dentrodentro e fora
de qualquer corpo
ou
copo
minas sempre nasce para aléme nos seus particulares
sempre cresce para os geraisminas... há mais!
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